18 de abr. de 2010

1ª Série - Egito e Mesopotâmia

As civilizações que desenvolveram-se no Egito e na Mesopotâmia apesar de culturalmente distintas possuem muitas características em comum, a mais importante delas, talvez, é o fato de ambas serem Civilizações Hidráulicas, que desenvolveram-se ao redor de rios e tem sua vida totalmente atrelada a eles. A religião, arquitetura, artes, economia, ciência e tantos outros aspectos desses povos continuam fascinando os curiosos e pesquisadores até hoje. Todos nós já ouvimos falar sobre esses povos ou ao menos conhecemos algumas características de suas culturas, quem nunca viu uma múmia em um filme ou história?
A certeza que temos é que apesar de tudo o que já foi descoberto em pesquisas e exibido em filmes, as pesquisas continuarão a serem feitas e filmes e histórias continuarão a serem veiculados e produzidos, pois estas civilizações fazem parte de um período histórico onde a humanidade floresce, passa a viver em cidades, cria regras sociais complexas, sistematiza sua linguagem em esquemas de escrita, e produzem obras que de tão belas e imponentes, até hoje provocam espanto em quem as observa.
Nas próximas linhas vamos desbravar algumas das principais características dessas civilizações! Bons estudos!




Egito

Desenvolvimento do Egito nas margens do Rio Nilo


O Rio Nilo foi o responsável pelo desenvolvimento da civilização egípcia. Todas as cidades localizam-se em suas margens. As cheias periódicas do rio, que acontecem de julho a novembro, levavam o húmus do leito para as regiões inundadas, isto fazia com que as terras fossem fertilizadas, as águas do rio eram canalizadas em diques nas épocas de vazante e irrigavam as plantações que ficavam até cerca de 20km de distância. Esses canais não eram grandes obras de engenharia, mas sim de cooperação. Os camponeses (ou félas) trabalhavam em conjunto para mantê-los funcionando, se em um ponto o féla responsável não abastecesse o canal, o restante da rede de diques ficaria sem água.Divisão do trabalho e Canais de Irrigação: obras de coletividade.


Economia e Comércio


A economia é toda baseada na agricultura. O faraó é o dono de todas as terras do país, organizando todo trabalho agrícola. Também administrava as construções, pedreiras, e minas. No Egito predominava o regime de servidão coletiva, onde todos eram obrigados a trabalhar para sustentar o faraó, ou pagavam tributos na forma de bens para o estado.
Isso significa que a economia era altamente estatizada, ou seja controlada pelo Faraó, sendo assim não havia muito espaço para iniciativas individuais. Portanto era praticamente impossível alguém conseguir abrir um “negócio”, e se conseguisse seu mercado estaria restrito à nobreza egípcia, que consumia os produtos de origem estatal.
As principais atividades econômicas exercidas no Egito eram a agricultura, criação de animais, comércio externo e forjamento de metais. Na agricultura destacaram-se no cultivo do trigo, cevada, linho e papiro. Com o trigo os egípcios faziam pão, com a cevada, faziam cerveja, bebida muito apreciada pelos camponeses, com o linho fabricavam tecidos para confecção de roupas, e finalmente o papiro, natural do delta do Nilo (região em que o rio desemboca no Mar Mediterrâneo), servia para fabricar cordas, sandálias, barcos e principalmente papel (papiro), muito usado até a Idade Média.
Como no território Egípcio havia quase tudo quanto era necessário, o comércio exterior não foi muito desenvolvido. O mesmo pode-se dizer sobre o comércio interno, os servos recebiam tudo o que necessitavam do Estado e não possuíam poder de compra para adquirir o artesanato produzido. Tais produtos eram consumidos principalmente pela nobreza.
Na verdade podemos dizer que toda a situação econômica e comercial do Egito foi construída de modo a manter o Faraó no poder.




Religião e Cultura


O povo egípcio era altamente religioso. Essa religião era politeísta e antropozoomórfica, ou seja, havia um panteão com vários deuses e esses deuses assumiam forma metade humana metade animal. O Faraó era um deus encarnado, considerado filho do deus sol, por isso sua autoridade era máxima, todos os egípcios tinham cega obediência a ele.
A preocupação com a vida após a morte era uma das características básicas da religião egípcia. As famosas pirâmides são túmulos onde o faraó e tudo aquilo que pertencia a ele era enterrado. Acreditava-se que ele retornaria do mundo dos mortos e viveria novamente em seu corpo. Portanto seus pertences e riquezas precisavam ser guardados para sua segunda vida.


As mais famosas Pirâmides do Egito


Sociedade


A sociedade era bastante dividida com papéis bem definidos, podemos dividir ela em cinco partes: Nobreza, Sacerdotes, Funcionários Públicos, Servos e Escravos.
A Nobreza era formada pelo faraó e sua família, era a parte mais prestigiada da população, os Sacerdotes vinham logo em seguida, eram muito respeitados pelos seus conhecimentos e por serem mediadores dos homens com os deuses. Eram responsáveis pela administração dos templos, e escolas nas quais os médicos, escribas e outros profissionais obtinham seus conhecimentos.
Uma outra divisão social bastante prestigiada era a dos Funcionários Públicos. O Vizir era o cargo mais importante que alguém poderia conseguir, ele era o porta-voz do Faraó, controlava a arrecadação dos impostos, chefiava a polícia, fiscalizava as construções ao longo do Nilo, administrava as obras públicas e presidia o mais alto tribunnal de Justiça além de ser o ministro da guerra. Escribas e Soldados também eram funcionários públicos, a habilidade da escrita era para poucos, e essas pessoas cobravam impostos, classificavam o valor das propriedades, organizavam leis, fiscalizavam atividades econômicas entre outras funções. Os Soldados eram prestigiados, após um bom tempo de serviço eram recompensados com terras, ouro e altos cargos.
Os servos que compunham a maior parte da população eram divididos em camponeses, que trabalhavam em plantações e recebiam como salário uma pequena parte de sua produção. Nas épocas de cheia eles trabalhavam em obras públicas. Artesãos e Comerciantes podem ser classificados nessa categoria também, uma vez que praticamente todo o trabalho do artesão era encomendado pelo Faraó, da mesma maneira ocorria com os produtos do Comerciante, que não encontravam muitos compradores entre os camponeses.

Mesopotâmia



A palavra Mesopotâmia vem do grego que significa “entre rios”. Este é o nome do lugar onde se desenvolveram cidades ao longo do curso dos rios Tigre e Eufrates, que assim como o Nilo são caracterizados por cheias periódicas que fertilizam as terras que alcança.
As cidades mesopotâmicas tinham uma importante diferença se compararmos com o Império Egípcio, elas eram independentes. Cada cidade funcionava como um pequeno estado, por isso chamamos elas de Cidades-Estado, com governo e muitas vezes cultura e religião próprias. Apesar dessa independência, em alguns momentos da história mesopotâmica algumas cidades prevaleceram sobre outras é o caso do período do domínio de Lagash (2500-2360 a.C.) Assur (1800-1375a.C.) e Babilônia (1728-1686 a.C.).





Região "entre rios"


Sociedade


Na Mesopotâmia encontramos também uma rígida divisão social, a função de cada um era indicada pela camada social que pertencia. Os mais privilegiados eram Nobres, guerreiros, sacerdotes e funcionários públicos. Abaixo destes estavam os camponeses, trabalhadores livres que prestavam serviços as comunidades e escravos.


Economia


A agricultura era uma das bases da economia mesopotâmica, a atividade que mais envolvia mão de obra. O comércio, era também uma importante atividade econômica. Praticado através das caravanas (expedições de comércio em grandes grupos). Os comerciantes nômades percorriam extensas áreas para vender suas mercadorias ou comprar matérias-primas que não eram encontradas na Mesopotâmia. Os contatos comerciais eram feitos, principalmente, com sociedades do Oriente Médio e Índia.
Enquanto o Egito possuia grande quantidade de matéria-prima em seu território, a Mesopotâmia era escassa em recursos, o que fez cada vez mais o comércio ser uma atividade muito valorizada e lucrativa. Além disso, na Mesopotâmia temos trabalhadores livres que conseguem acumular capital o suficiente para gastar com produtos artesanais, o que desenvolve a monetarização da região, fazendo com que em 1800 a.C. apareçam bancos que já tinham serviço de conta-corrente, empréstimo a juros e poupança. O contole comercial era feito através de registros em placas de argila, utilizando caracteres cuneiformes (escrita em forma de cunha). Aliás, a invenção da escrita é atribuída a uma civilização Mesopotâmica, os Sumérios, cerca de 5500 a.C.


Escrita cuneiforme
Cultura e Religião


O Horóscopo é uma invenção Mesopotâmica, a religião era baseada nos astros. Equipamentos para a observação das estrelas, como o Astrolábio são invenções mesopotâmicas. A sofisticação foi tanta que essas civilizações chegaram a prever eclipses, identificar constelações e planetas e determinar fases da lua e estações do ano. As pesquisas astronômicas fizeram a matemática desenvolver-se, a álgebra e a divisão do círculo em 360 graus são dessa época. Também o calendário lunar, divisão da semana em sete dias, ano em doze meses, dia em dois períodos de doze horas, todas essas coisas invenções da região entre rios.
A observação dos astros era feita com a intenção de descobrir a vontade dos deuses, para que então a sociedade pudesse se organizar de acordo com aquilo que eles desejassem. Para desenvolver a observação e realizar cultos, foram construídos os Zigurates. Templos gigantescos, que além de funções religiosas e astronômicas, serviam como hospitais, bibliotecas e escolas.
Os Mesopotâmicos não davam a mesma importância para a morte que os egípcios atribuíam. Para eles a morte era uma passagem para uma dimensão inferior, os mortos, segundo eles passariam a viver na escuridão.


Zigurate


Babilônia


A Babilônia foi uma das mais importantes cidades mesopotâmicas, sua grandiosidade apareceu durante o reinado de Hamurábi. Este rei, utilizando sua habilidade bélica, conquistou várias cidades e regiões ao redor. Governou criando leis severas. O Código de Hamurábi baseava-se na idéia do “olho por olho, dente por dente”. Ou seja, a pessoa que cometia uma irregularidade ou crime pagava com uma punição no mesmo sentido e intensidade. Este código de leis foi registrado em escrita cuneiforme e gravado em pedras de argila. A economia da região era baseada na agricultura (praticada às margens dos rios Tigre e Eufrates) e no comércio.
Durante esta época a Babilônia tornou-se uma das regiões mais prósperas do mundo antigo. A cidade era composta de habitações luxuosas e grandes templos religiosos. Estes, eram administrados pelos sacerdotes, que também tinham a função de tomar conta das finanças do governo.
Após a morte de Hamurábi, a Babilônia perdeu força e foi invadida e conquistada por diversas tribos da região. Voltou a ganhar poder e importância somente no século VI AC, durante o reinado de Nabucodonosor. Este rei retomou as conquistas e ampliou as áreas de domínio e influência. Ordenou a construção de muralhas em volta da cidade. Dentro das muralhas foram construídos diversos templos e palácios luxuosos, decorados com pinturas e jardins. Para sua esposa, Nabucodonosor ordenou a construção dos famosos Jardins Suspensos da Babilônia (uma das sete maravilhas do mundo antigo).




Código de Hamurabi

6 comentários:

  1. oi...amei esse blog...historia é tudo pra mim...
    seguindu...
    segue meu blog tbm...estamos completando 1 ano este mês!
    Bjim

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  2. muito bom me ajudou com meu dever kkkk obrigado !♥

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  3. me ajudem preciso de um resumo do egito e mesopotâmia e não sei fazer se alguem me ajudar agradesso

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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